O sofrimento reside no apego.
O psiquiatra John Bowlby desenvolveu a teoria do apego e diz que ele tem início ainda na infância na relação entre o cuidador e o bebê. O vínculo gerado nesta relação vai favorecer a sobrevivência da criança.
À medida que esse vínculo é fortalecido, a criança internaliza essa ligação como um modelo mental que servirá de base para as relações futuras.
O vínculo com os nossos cuidadores podem fortalecer três estilos de apego:
1. Seguro – quando os cuidadores são atenciosos, carinhosos e positivos. Estas crianças tendem a se tornar adultos mais confiantes.
2. Ansioso – aqui os cuidadores foram autoritários e emocionalmente inconstantes. A ansiedade despertada na criança vem do fato de ela não saber o que esperar do adulto.
3. Esquivo – se desenvolve à partir de experiência com cuidadores frios, distantes e indiferentes. Quando a criança tentou contato teve sua aproximação frustrada.
Entendemos então que de acordo com o contexto familiar um determinado tipo de apego será acentuado na criança em sua fase adulta e isso desenvolverá um perfil que tem mais ou menos facilidade em encerrar ciclos, mas os estilos de apego podem mudar com o tempo através de práticas terapêuticas e reflexões acerca do estilo de apego preponderante na vida da pessoa, favorecendo relações mais saudáveis.
Por onde eu posso começar?
O primeiro passo é compreender que o apego, independente do estilo, vai gerar uma emoção. Esta emoção foi criada à partir de um pensamento. Isso ocorre porque permanecemos contando e recontando histórias em nossa mente que sustentam o apego. Conforme a história é repetida em nossa mente ela vai gerar uma emoção que refletirá em nossas ações.
Reflita sobre o apego que você precisa liberar e os pensamentos que estão atrelados à ele.
Logo depois se conecte com as emoção que surge à partir desses pensamentos.
Permita-se sentir a emoção. A ideia não é interagir com os pensamentos, mas apenas se permitir sentir a emoção
O próximo passo é se perguntar: “Eu estou disposto a deixar esta emoção ir?” Nesse momento a emoção vai oscilar e finalmente suavizar.
Pode acontecer de haver uma forte resistência em deixar ir. Neste caso será importante fazer uma investigação de crenças para descobrir o que fortalece tal resistência.
Seguir praticando esta técnica é o que vai facilitar o soltar, então vamos resumi-la aqui:
Faça-se as seguintes perguntas quando reconhecer o apego em você:
O que estou pensando?
O que estou sentindo?
Eu estou me permitindo sentir esta emoção sem interagir com os pensamentos e sem julgar?
Eu estou disposto a deixar esta emoção ir?
Você colherá os frutos desta prática em pouquíssimo tempo se tiver constância e foco no exercício.
Me diga o que achou desta prática e envie o link para seus amigos que também precisam aprender isso.
Gratidão por ter lido até aqui, um grande beijo e até a próxima!
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